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Sergio Haguiara

Muitas paixões vieram e foram, mas a paixão pela música é eterna.

A Música está enraizada em mim, desde o nascimento. Meus pais tinham o hábito de ouvir rádio e discos desde sempre. Iniciei meus estudos de música aos 7 anos de idade, com flauta doce, transversal e violoncelo, até os 20 anos. Meus irmãos (éramos em 6), estudavam e tocavam diferentes instrumentos: piano, violino, violão, violoncelo e flauta doce. Aos 5 anos, minha irmã, que já estava finalizando o curso de piano, dizia que eu ficava ao lado do piano e, a cada erro dela, eu interrompia e identificava as notas que estavam soando erradas. Participei, como bolsista convidado, nos anos 70, de 5 Festivais de Inverno de Campos do Jordão, com grupos de música renascentista e barroca, e canto coral. Além de música erudita, convivi muito com MPB e jazz, sempre de primeira linha.

Meu primeiro equipamento de som, em casa, era um Philips, móvel com rádio, amplificador valvulado, e vitrola. Desde os 10 anos, já desmontava as válvulas (para limpar os contatos e tirar o pó), trocava a agulha da vitrola, limpava os discos, gravava fitas em um pequeno gravador Philips (sempre exigindo silêncio pois as gravações eram com microfone próximo ao móvel do som), e frequentemente limpava o móvel com lustra móveis e aspirador… No início dos anos 80, já formado em engenharia elétrica, montei o meu primeiro set de som, todo modular, com 2 toca discos, 2 tape decks, gravador de rolo, CD player, pré, power, equalizador, mixer, redutor dinâmico de ruídos, módulo AM/FM e 4 caixas Lando LX 4000. Era o set dos sonhos. Visitei várias vezes a fábrica da Lando, no bairro da Água Rasa em São Paulo, para testes e revisões das caixas.

Sérgio Haguiara , em 25 de maio de 2023